O Sri Lanka, é um país insular asiático, localizado ao largo da
extremidade sul do subcontinente indiano. Tem costas para a Baía de Bengala a leste, Oceano Índico a sul e a oeste, e o Estreito de Palk a noroeste, que o separa da Índia. A sua capital é Sri
Jayawardenapura-Kotte, subúrbio da antiga capital Colombo,
desde a inauguração do novo edifício do parlamento, em 1982.
Os registros mais antigos da história
do Sri Lanka datam do século VI a.C. quando o povo cingalês migrou para a ilha a partir de Bengala, no subcontinente indiano. Antes da invasão
cingalesa, a ilha era ocupada pelo povo hoje conhecido como Vedas, que se acredita serem de origem malaia. Ainda hoje, pessoas de origem Veda
vivem no leste da ilha de Ceilão.
A crônica cingalesa de Mahavamsa
relata a chegada de Vijaya, o primeiro rei cingalês, em 543 a.C.. A língua cingalesa é relacionada ao sânscrito, tal como ocorre com o hindi. O primeiro reino do Sri Lanka tinha
sua capital em Anuradhapura. No terceiro século a.C., os
cingaleses se converteram ao budismo, e a ilha se converteu em um
centro de estudos budista e de trabalho missionário. Isto separou o Sri Lanka
da cultura hindu do sul da Índia.
Anuradhapura permaneceu como capital
do reino cingalês até o século VIII, quando foi substituída por
Polonnaruwa. Os tamis, do sul da Índia, começaram a chegar à ilha no início do século III, e houve seguidas guerras entre cingaleses e os
invasores do sul da Índia. Durante boa parte do primeiro milênio d.C., a ilha
foi controlada por vários príncipes de origem tâmil.
O período áureo do reino do Sri Lanka
ocorreu no século XII, quando o rei cingalês Prakrama
Bahu derrotou os tamis, unificou a ilha sob o seu governo, e ainda invadiu a
Índia e Burma. No século XV a ilha foi atacada pela China, e por 30 anos os reis locais prestaram tributo ao
imperador chinês.
O Sri Lanka era conhecido dos gregos e dos romanos, que o chamavam de Taprobana. Depois da conquista do Oriente Médio pelos árabes, mercadores freqüentemente
visitavam a ilha, e existia uma comunidade árabe no Sri Lanka desde o século X. Os árabes conheciam a ilha como Serendib.
Os primeiros europeus a visitarem o Sri Lanka foram os portugueses: Dom Lourenço de
Almeida chegou à ilha em 1505, e encontrou-a dividida em sete
reinos que guerreavam entre si, incapazes de derrotar um invasor. Os
portugueses ocuparam primeiro a cidade de Kotte mas, devido à insegurança do local, fundaram a cidade de
Colombo
em 1517, e gradualmente estenderam seu controle pelas áreas
costeiras. Em 1592 os cingaleses mudaram sua capital
para a cidade interior de Kandy, local mais seguro contra o ataque
de invasores. Guerras intermitentes prosseguiram durante
o século XVI.
Muitos cingaleses se converteram ao cristianismo, porém a maioria budista odiava os portugueses, e
apoiariam qualquer um que os enfrentasse. Então, em 1602,
quando o capitão holandês
Joris Spilberg chegou à ilha, o rei de Kandy pediu-lhe auxílio. Porém, somente
em 1638 os holandeses atacaram pela primeira vez, e apenas em 1656
Colombo foi tomada. Por volta de 1660 os holandeses controlavam toda a
ilha, exceto o reino de Kandy. Os holandeses perseguiram os católicos, porém deixaram os budistas, os hindus e os islâmicos professarem suas religiões. No
entanto, cobravam impostos mais pesados que os portugueses. Como resultado do
domínio holandês, mestiços de holandeses
e cingaleses, conhecidos como burghers existem até hoje no país;
também existem ainda hoje muitas famílias com nomes de família de origem
portuguesa.
Durante as Guerras
Napoleônicas, o Reino Unido, temendo que o controle da França sobre os Países Baixos fizesse com que o Sri Lanka passasse ao controle
francês, ocuparam a ilha com pouca dificuldade, em 1796.
Em 1802 a ilha foi formalmente cedida à Grã-Bretanha e tornou-se uma colônia
real. Em 1815 Kandy foi ocupada, pondo fim à independência do reino do Sri Lanka. Um tratado em 1818
preservou a monarquia de Kandy, porém como dependência britânica.
Os ingleses introduziram o cultivo do chá, café e borracha nas montanhas da ilha. Em
meados do século XIX o Ceilão já trouxera fortuna a uma pequena classe de plantadores de chá. Para
trabalhar nas fazendas, os proprietários importaram grande quantidade de
trabalhadores tâmeis do sul da Índia, que logo chegaram a 10% da população.
Os britânicos, seguindo sua prática comum de
"dividir para governar", favoreciam ora um grupo ora outro para
fomentar a rivalidade. Também favoreceram os "burghers" e também
alguns cingaleses de castas mais altas, fomentando divisões e
inimizades que sobrevivem desde então. Os "burghers" receberam um
certo grau de auto-governo no início de 1833.
Somente em 1909 é que um desenvolvimento constitucional ocorreu, com uma assembléia parcialmente eleita. O sufrágio universal só foi introduzido em 1931
sob o protesto dos cingaleses, que rejeitavam o direito a voto para os tâmeis.
Sri Lanka tornou-se independente em 4 de fevereiro de 1948, mediante a realização de tratados
militares com a Grã-Bretanha. Permaneceram intactas as
bases aéreas e navais britânicas instaladas no país.
O Sri Lanka é uma república. O presidente do país é eleito directamente para um
mandato de seis anos, e ocupa a função de chefe de Estado, chefe de Governo e
comandante-chefe das Forças Armadas. Responsável pelo Parlamento para o
exercício dos deveres sob o constituição e das leis, o presidente pode
ser removido do gabinete por dois terços do Parlamento e por decisão favorável
do Tribunal Supremo.
O presidente tem que encaminhar a
relação de ministros ao Parlamento. O deputado eleito indicado pelo presidente
é o principal ministro, sendo responsável pela liderança do partido do governo
no Parlamento. O sistema legislativo no de Sri Lanka é unilateral,
com 225 membros eleitos por sufrágio universal. Os parlamentares
representam os distritos do país durante seis anos.
O partido que receber o maior número
de votos válidos em cada distrito eleitoral ganhará uma nova cadeira no
Parlamento. O presidente pode convocar o Parlamento para uma sessão
extraordinária, para definir a dissolução da câmara representativa. Um exemplo
disso é quando o Parlamento foi dissolvido em 7 de fevereiro de 2004 pelo presidente Chandrika Kumaratunga. Novas eleições
aconteceram no dia 2 de abril, e a posse aconteceu no dia 23
do mesmo mês.
Conclusão:
Podemos ver com todos estes testemunhos
representando correntes e movimentos teológicos e políticos, nas várias
religiões, que a busca da paz, da compaixão, do perdão e da solidariedade forma
uma sólida e antiga tradição espiritual e ética. Entre muitas dessas religiões
tem havido um diálogo consistente, aberto também a correntes humanistas
inclusive agnósticas ou atéias, para superar preconceitos atávicos, ignorâncias
mútuas e estabelecer plataformas de cooperação e respeito, para o bem da
humanidade.
Por: Priscila Boek
Bom trabalho Priscila.
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