terça-feira, 22 de março de 2011

' Índia / Paquistão '



     O Paquistão e a Índia disputam a região da Caxemira desde a independência do sub-continente indiano, em 1947. Foi nesse ano que os dois países foram criados. Com a divisão, as centenas de principados semi-autônomos espalhados pelo subcontinente tiveram de optar pela integração a uma das nações. O Paquistão tem uma maioria muçulmana enquanto que a Índia é dominada pelos hindus.

     A área que hoje corresponde ao estado indiano de Jammu e Caxemira era chefiada por um marajá hindu, que resolve incorporá-la à Índia. Essa atitude contraria o Paquistão e dá início aos primeiros conflitos que envolvem toda a região da Caxemira, de 1947 a 1948. O resultado é a divisão, comandada pela ONU, em 1949, de uma parte para a Índia (Jammu e Caxemira) e outra para o Paquistão (Azad Caxemira). No início da década de 60, uma parte do leste da Caxemira Indiana é ocupada pela China. Até hoje a Índia reclama essa área para si, embora nenhum dos dois países ouse enfrentar o gigante chinês. Outra disputa, ocorrida em 1965, não ocasionou modificações territoriais.

     Na década de 80, com o crescimento do fundamentalismo muçulmano, fortaleceu-se o movimento separatista na Caxemira indiana, que conta com o apoio do Paquistão. Seus integrantes querem a independência do território ou sua anexação ao Paquistão. Os confrontos se intensificaram nos anos 90 motivados pelo radicalismo crescente dos guerrilheiros paquistaneses e, no lado indiano, pelo acirramento da repressão militar e do fundamentalismo hindu. Mesmo com várias rodadas de conversações tentando a solução do conflito, nenhuma das partes admite ceder territórios, o que torna a situação mais crítica. A tensão na Caxemira serve de justificativa para que as duas nações militarizem suas fronteiras e, mesmo sendo países com enormes taxas de pobreza, gastem muito dinheiro em tecnologias bélicas. Índia e Paquistão já construíram suas bombas atômicas. O primeiro começou seus testes em 1974 e explodiu sua última bomba em 1998. Já o Paquistão, sentindo-se provocado, também testou sua tecnologia atômica no mesmo ano. Atualmente, a Índia controla dois terços da região e acusa o Paquistão de treinar e armar os separatistas.

     O conflito serve como justificativa para a militarização da fronteira e para a corrida armamentista. Índia e Paquistão realizam testes nucleares em 1998 e, em abril de 1999, experimentam mísseis balísticos capazes de levar ogivas atômicas, rompendo acordo assinado meses antes. Os dois países chegam à beira da guerra total. O primeiro-ministro ultra nacionalista da Índia, Atal Vajpayee, ordena um pesado contra-ataque, que expulsa os separatistas em julho. A derrota paquistanesa leva a um golpe militar, liderado pelo general Pervez Musharraf, que depõe o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif. Índia e Paquistão travam na Caxemira, em 1999, um confronto com um saldo de 1200 mortos.


     Uma onda de explosões mata dezenas de civis nas maiores cidades paquistanesas, entre o final de 1999 e o primeiro semestre de 2000. Fracassam negociações de paz entre o governo da Índia e separatistas muçulmanos da Caxemira em julho de 2000. Os combates recomeçam, assim como as ações terroristas nos territórios do Paquistão e da Índia. Em agosto de 2000, o Hizbul Mujahidine, principal grupo separatista muçulmano na Caxemira, anuncia uma trégua unilateral. A Índia suspende operações militares na Caxemira, pela primeira vez em 11 anos. As negociações fracassam diante da recusa da Índia em admitir o Paquistão na negociação de paz.

Alunas : Beatriz T | Géssica K | Mayara L | Vanessa K

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